Após estruturação de brigadas indígenas focos de calor reduzem mais de 50% em regiões de MT

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As brigadas estruturadas por meio de projeto começaram a atuar em agosto e seguem até novembro.
No período de maior estiagem no ano (agosto e setembro), os dados do Inpe demonstram a redução de mais de 50% nos focos de calor nas Terras Indígenas, Merure, Parabubure e Pimentel Barbosa, na região leste do Estado. Acontece que entre julho e agosto deste ano três Brigadas Indígenas foram estruturadas e começaram a atuar nessas áreas, dos povos Boe Bororo e Xavante.
A brigada Boe Bororo da TI Merure começou a operar no dia 08 de agosto. Situada entre os municípios de Barra do Garças e General Carneiro, a terra abriga 21 aldeias. No comparativo entre 2022 e 2021 houve redução de focos de calor de 22,40% no município de General Carneiro e 41,93% na TI Meruri.
Os brigadistas indígenas Xavante da TI Parabubure, que abarca os municípios Nova Xavantina, Campinápolis e Água Boa, iniciaram a atuação no dia 28 de agosto deste ano. Os dadosde comparação entre 2022 e 2021 demonstram a redução de focos de calor em 48,08% na TI Parabubure, e 48,57% no município de Campinápolis. O resultado positivo do município foi influenciado pela atuação da brigada, em razão da extensão da TI, que ocupa 38,79 % da área total deste.
A Brigada Indígena Xavante na TI Pimentel Barbosa que abriga 19 aldeias apresentou a maior redução nos focos de calor, no comparativo entre 2022 e 2021, sendo este de 57,57%. A TI está localizada entre os municípios de Canarana e Ribeirão Cascalheira e a brigada começou a atuar em 05 de setembro. Canarana por sua vez, reduziu 54,60% os focos de calor no mesmo período, também influenciada pela atuação da brigada, como foi o caso de Campinápolis, em razão da extensão da TI, que neste município ocupa 30,43% da área total.
Brigadas
O projeto Brigada Indígena é realizado pelo Instituto Kurâdomôdo Cultura Sustentável, em parceria com a FEPOIMT, com a coordenação técnica do engenheiro florestal, Paulo Barroso – Barrosoff, e recursos do programa REM-MT.
Durante a criação e estruturação do projeto, os indígenas passam por um processo seletivo, iniciado no dia 27 de julho, com quase três meses de atraso em relação ao cronograma inicial, devido a desautorização da entrada da coordenação técnica nas Terras Indígenas.
Os brigadistas ainda receberam materiais de proteção individual, e de combate ao fogo, bem como alimentação e remuneração durante o período de atuação da brigada.
“Os resultados de redução dos focos de calor após a estruturação das brigadas demonstram que nós conseguimos superar os desafios, e entregar o serviço que a sociedade necessita, pois, essa redução atinge e beneficia a todos, amplificando o papel dos indígenas de defensores da nossa natureza. E confiamos que no futuro conseguiremos autorização da FUNAI/DF para a continuidade das capacitações, as queimadas prescritas, o plano de manejo integrado do fogo, dentro das TIs”, finalizou a diretora geral do Instituto Kurâdomôdo, Cleide Arruda.
Aline Coelho
Assessoria de Imprensa