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Mar 18, 2023

Povos indígenas: pesquisa analisa impacto à saúde decorrente das mudanças climáticas e dos incêndios florestais


As pesquisadoras da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), Sandra Hacon e Ana Schramm, estiveram  nos Territórios Indígenas Pimentel Barbosa, do povo Xavante, e no TI Xingu, na aldeia Ulupuene, habitado pelos povos Wauja, ambos no estado do Mato Grosso, no período de 23 de fevereiro a 4 de março. Na ocasião foi apresentado e discutido o projeto de pesquisa “Avaliação de Impacto à Saúde decorrente das mudanças climáticas e dos incêndios florestais sobre os povos indígenas”, financiado pelo Programa Inova Fiocruz/Saúde Indígena, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde (MS) no âmbito do Termo de Execução Descentralizada (TED).червило в ръчен багаж  קמילוטרקט מסכה לשיער 250 מ”  adidas t shirt 1972  dita logo משקפי שמש  webcam brooklyn bridge  מתנה מוכרת 2017  vintage ikea mushroom lamp  gopro app windows xp  pantalon ski columbia femme  adidas y3 kusari  אירוקה משקפיים חולון  evga rtx 2080 best  pantacourt homme levis  adidas logo szines ár  porto moniz madeira live webcam  

Roda de conversa para apresentação do projeto. Aldeia Ulupuene, TI Xingu.
O estudo tem como objetivo avaliar os impactos dos incêndios florestais e das mudanças climáticas nos serviços ecossistêmicos e suas alterações sobre a saúde da população indígena, por meio de uma abordagem interdisciplinar de saúde e ambiente, visando promover o resgate dos conhecimentos indígenas sobre a dinâmica e estrutura dos ecossistemas e a adaptação climática.
O projeto foi bem recebido pelos indígenas, obteve o assentimento das lideranças para a sua realização. Durante a visita foram desenvolvidos vídeos e coletadas imagens para a caracterização socioambiental e das condições de saúde das comunidades indígenas que vivem nas aldeias Ulupuene, do TI Xingu, aldeia Belém e Pimentel Barbosa da TI Pimentel Barbosa, que historicamente vêm sendo degradadas pelo desmatamento e o fogo
Crianças na Aldeia Ulupuene, TI Xingu.
“Chamou atenção do grupo de pesquisa algumas ênfases ressaltadas pelos indígenas referentes as alterações climáticas, como por exemplo, o aumento continuo da temperatura e da radiação solar no Xingu, a contaminação das águas do Rio Tamitatoala, e a ameaça de contaminação por agrotóxicos dos alimentos, incluindo os peixes. O povo Wauja tem o peixe como a principal fonte proteica de sua alimentação”, explicou Sandra Hacon.
Com o apoio do comunicador e pesquisador indígena Pirata Waura, que integra a equipe do projeto, as pesquisadoras entrevistaram o Cacique, os Agentes Indígenas de Saúde e Saneamento, e as lideranças indígenas locais. O material etnográfico produzido pelo fotografo e cinegrafista Henrique Santian resultará em uma série de vídeos e fotografias que farão parte do acervo do projeto e de uma exposição a ser apresentada na ENSP, prevista para o segundo semestre de 2023. Foram coletadas também amostras de solo para avaliar a contaminação por metais pesados e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) advindos da fumaça e do processo de degradação socioambiental local e regional.
Na ocasião foi firmada uma parceria com o projeto piloto Aldeia Sustentável A’uwê Uptabi, na Aldeia Belém, TI Pimentel Barbosa, desenvolvido pelo Instituto Kurâdomôdo, coordenado pela engenheira florestal Cleide Arruda. A integração dos projetos buscará apresentar evidências da importância da segurança alimentar para a alimentação, a saúde e qualidade de vida dos povos indígenas. Os resultados dos projetos conjuntos deverão subsidiar ações e políticas para as Vigilâncias Epidemiológica, Sanitária e da Saúde Ambiental.
*Crédito fotos: Henrique Santian

Reportagem publicada no link informe.ensp.fiocruz.br/noticias/53883