Projeto Aldeia Sustentável – A’uwe Uptabi em Canarana tem assistência técnica da Empaer
Maricelle Lima Vieira | Empaer/MT
Uma equipe da Empaer na cidade de Canarana (a 823 km de Cuiabá) junto com 28 famílias da comunidade Xavante da Terra Indígena Pimentel Barbosa, Aldeia Belém, já realizaram o plantio de 19.827 mudas entre pés de pequi, espécies frutíferas, hortaliças, além das culturas anuais como arroz feijão e o milho. A iniciativa faz parte do projeto ‘Aldeia Sustentável – A’uwe Uptabi’ desenvolvido via Programa REM/MT e executado pelo Instituto Kuradômôdo Cultura Sustentável e parceiros.
Com duração de dois anos e iniciado em dezembro de 2020, o projeto piloto tem por objetivo replicar a experiência para as demais atuais 18 aldeias do território indígena para se tornarem autossuficientes na produção de alimentos e reduzir o impacto no desmatamento se tornando ambientalmente sustentáveis.
O técnico da Empaer Adilson explica que além das famílias indígenas, o projeto se estende à Casa dos Adolescentes, contemplando um público de aproximadamente 250 pessoas. “O nosso trabalho é orientar e acompanhar disseminando o conceito de agroecologia e reduzir os impactos ambientais e produzir alimentos saudáveis e de forma orgânica”.
Segundo Adilson, a área plantada é de 76 hectares com lavoura, pequi, frutíferas nativas e frutíferas. “O objetivo é gerar renda para que possam cultivar o próprio alimento e, de forma saudável”.
A diretora do Instituto Kurâdomôdo e coordenadora do projeto, Cleide Arruda, reitera a gratidão e satisfação em poder, com essa imprescindível parceria com a Empaer. “Sou grata ao presidente da Empaer, Renaldo Loffi, popular Alemão e do técnico Adilson, por tornarem realidade o sonho do cacique Paulo César, em transformar a Aldeia Belém, uma aldeia sustentável.
Crianças e adolescentes também participam do projeto Foto: Empaer
O biólogo ornitólogo, Dalci Mauricio de Miranda de Oliveira, destaca que vem acompanhando o trabalho do Adilson e o quanto a comunidade indígena já avançou. “Estamos na primeira parte de reflorestamento da agrofloresta. Os indígenas estão sendo treinados para serem monitores ambientais para dar continuidade às atividades e possam dar a manutenção nas plantas e, com isso, terem autonomia”.
São parceiros no projeto: a Associação Iteró Xavante (AIX); Fundação Nacional do Índio (Funai); Secretaria Especial de Assuntos Indígenas de Mato Grosso (SAI); Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) ; Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e Comitê Estadual de Gestão do Fogo; Instituto Técnico Federal (IFMT); Assembleia Legislativa; Prefeitura de Canarana; e outras instituições como a Universidade de Mato Grosso (Unemat); Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MT).
Diretora do Instituto, Cleide, o técnico Adison com os indígenas da Aldeia Belém Foto: Empaer