Projeto Aldeia Sustentável já plantou 20 mil mudas de espécies frutíferas e nativas
O mês de janeiro da equipe do Projeto Aldeia Sustentável – A’uwë Uptabi foi dedicado ao incentivo para a continuidade dos plantios das mudas frutíferas e nativas das agroflorestas na comunidade Xavante da Aldeia Belém. Com essa ação, somam-se cerca de 20 mil mudas diversificadas plantadas pelas atuais 29 famílias residentes na Terra Indígena Pimentel Barbosa.
A diretora do Instituto Kurâdomôdo Cultura Sustentável, Cleide Arruda, e coordenadora do Projeto Aldeia Sustentável, conta que ainda no primeiro mês do ano, foram realizadas ações referentes ao manejo diário, capina das plantas daninhas e observação da incidência de insetos-praga que normalmente incidem nas lavouras do arroz, feijão e milho, que poderão comprometer a produção almejada.
Entre as 20 mil mudas diversificadas de espécies frutíferas e nativas plantadas estão: abacate, carvoeiro, tamarindo, jaca-mole, diversidade de mangas, bananas, cajá-manga, diversidade de laranjas, limão, tangerina, mexerica, carambola, goiaba, jabuticaba, abacaxi, pitanga, araçá-boi, pitomba, pupunha, açaí, guapeava, maromba, cagaita, mangaba, chichá, jenipapo, mandovi, mirindiba, cumbaru, cajá-mirim, gabiroba, palmeira-geriva, pequi com espinhos e enxertado sem espinhos, baru, araticum-do-cerrado, buriti, caju, mandioca, além do plantio mecanizado de sementes de arroz, milho e feijão.
Parcerias
Com o término dos plantios do Projeto Florestal Sustentável de Pequi Consorciado com Diversos Frutos do Cerrado e Apicultura Silvícola, Projeto Agroflorestal Sustentável de Pomar em Consórcio com Lavoura Anual, e o Pomar de Frutos do Cerrado, o Projeto da Aldeia segue em parceria com a EMPAER. A continuidade da assistência técnica e extensionista às famílias da Aldeia Belém, assim como as capacitações aos agentes ambientais e agroflorestais, para que sejam os futuros impulsionadores da comunidade para garantir a continuidade dos cultivos nas agroflorestas quando a equipe do Instituto Kurâdomôdo não estiver mais presente.
Cleide Arruda ainda conta que o sonho da apicultura na Aldeia Belém vai se tornando realidade com a chegada das primeiras 10 caixas de abelhas, disponibilizadas pelo “Programa Mato Grosso Produtivo Apicultura”, através da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (SEAF). A capacitação aos futuros apicultores indígenas está prevista para o mês de março, período ideal para a enxameação das caixas com extrato de mel para atrair as abelhas silvestres. “Se as caixas forem distribuídas no Cerrado antes, corremos o risco de atrair marimbondos”, orientou Seu Lauri da Big Mel, produtor de mel há 20 anos em Canarana-MT.